sexta-feira, 24 de março de 2017



Do papel à blogosfera
A palavra como semente em terra fértil

Ao navegar na Internet, na quarta-feira, li que 20 de março é o Dia do Blogueiro. Mas não encontrei nada que confirmasse a informação. Para mim, todo dia é dia para quem escreve. Blogueiro. Confesso, não gosto da palavra.
Parece-me, não estou só. O jornalista Alberto Dines contesta o termo. Em relação à jornalista cubana Yoani Sanchez, Dines escreveu: “Yoani não é blogueira. Blog não é ofício, nem status profissional, é formato de veículo. Ninguém diz ‘fulano é revisteiro’, diz ‘fulano é jornalista’ porque hoje pode estar num semanário e, amanhã, à frente de um vistoso blog”.
Mas, isso pouco importa. Gosto do exercício da escrita, que me dá satisfação, embora, muitas vezes, essa prática seja tão penosa como a labuta de quem quebra pedras. Falta-me a facilidade dos grandes escritores, no manejo da palavra. No seu afã e habilidade, o texto desses homens e mulheres flui como as águas de um rio.  
Apesar da limitação de quem não teve tanto acesso aos livros na infância, havia a sede da palavra (meu material escolar se resumia a um pequeno caderno e lápis grafite, com uma borracha na cabeça, em um saco plástico transparente). Mesmo sendo muito tímido, sempre arrisquei quando a professora primária mandava fazer uma composição, nome da redação, naquela época.
As primeiras letras na escola estimularam a pretensão. Decidimos criar um “jornal”. Assim, nasceu “O Beija-Flor”, de apenas uma página, manuscrita, que passava pelas mãos de uns cinco colegas em sala de aula. Depois, passamos a colaborar com jornais. Aumentava, digamos, a interação. A resposta de alguns “leitores”, poderosos, que se sentiam contrariados, não era exatamente o que se poderia chamar de pacífica.  
Eis que chegamos à era tecnológica, com os blogs. Um novo suporte para a escrita, com múltiplas possibilidades de disseminação de conteúdo. Texto, fotografia, áudio e vídeo num mesmo espaço. A convergência das mídias. A notícia e a opinião. O comentário do leitor, por vezes agressivo e tingido pelas cores que revelam a paixão e a preferência político-partidária, é combustível para a resposta à altura, com respaldo nos fatos e nos argumentos.
A condição de moderador, no entanto, inibe o impulso contra o desaforo. Mostra que a lâmina que corta pra lá, também dilacera pra cá. Pela falta desse controle, muita gente já não vive. Um mínimo de razão vence a emoção. Então, melhor seguir o conselho bíblico e optar pela palavra que abranda o furor e, como uma espécie de bálsamo, trata as feridas à flor da pele.
Fascina-me na blogosfera, quando seu potencial de hiperlink desfaz fronteiras e aproxima pessoas, remetendo à sabedoria do poeta Vinícius de Moraes. “A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida”. Com os olhos da fé, listo dois fatos, como providência divina, em que o blog se constituiu em mero instrumento.  
Uma norte-rio-grandense de Ipanguaçú, residente no Rio de Janeiro, encontrou o blog via sistema de busca do Google e, através dele, a madrinha, em cuja casa, há 30 anos, morou. Também após 30 anos, um jovem capixaba conheceu o pai que o deixara, com sua mãe, quando tinha 12 anos.
Do suporte de papel à impressão virtual, são muitos anos. Escrevo como quem busca no lugar distante a pessoa amada. Uma palavra atrás da outra. Persisto como o agricultor que lança a semente em terra fértil e vislumbra o trigo que será pão para saciar a fome da criança. 
Navego nesse ciberespaço e corro atrás da oportunidade para a construção/desconstrução, a afirmação e o contraditório do dito e do não-escrito. Esforço-me para conceber a interação como alma e essência da blogosfera. Tenho esperança de que, qualquer dia, as palavras reunidas aqui caiam nos corações das pessoas, como sementes numa terra boa e produzam bons frutos.

(Republicação de post de 9 de abril de 2013)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017


Rio Mossoró precisa de cuidado permanente

Pelo menos em período de chuvas, o rio Apodi-Mossoró, de alguma forma, mesmo que raramente, entra nas discussões e no noticiário local e regional. Seja pela possibilidade de receber águas novas em seu leito ou em virtude de sua degradação. E ainda pelos efeitos de suas águas na vida de moradores de determinada área da cidade. Embora tudo possa cair no esquecimento, logo cessem as chuvas, tão escassas por aqui.

Os moradores de áreas ribeirinhas, como o Bairro Ilha de Santa Luzia, cortado por dois braços do rio Mossoró, conhecem bem essa realidade. Em especial os da Benício Filho e Manoel Antônio (Alto São Manoel), que há 30 anos esperam a construção de uma ponte ligando as duas ruas, bem como aguardam a despoluição do rio. 

No que se refere à construção da pequena ponte, no final de seu mandato, em dezembro do ano passado, o então prefeito Francisco José da Silveira Júnior fez surgir um fio de esperança. A gestão de Silveira iniciou a construção das colunas de sustentação da sonhada ponte. 

Tão ou mais necessária que a construção da ponte para os moradores é a limpeza dos dois canais do rio que cortam a "Ilha" de Santa Luzia. Com as recentes chuvas registradas na região, os moradores do bairro temem a repetição de enchentes, drama vivido outras vezes, em passado recente. 

Os dois braços ou canais, que constituem a chamada tricotomização do rio Mossoró, foram construídos com o objetivo de evitar ou minimizar os efeitos das enchentes naquela comunidade. 

Mas, a obra realizada numa das administrações do saudoso prefeito Dix-huit Rosado precisa ter continuidade em outras gestões públicas. O rio Mossoró precisa de cuidado constante e não deve figurar nas discussões apenas no período das chuvas. 


                             Morre Emídio Bezerra de Oliveira, Bido                             


Faleceu no domingo 26 de fevereiro, em Mossoró, Emídio Bezerra de Moura. Ele era proprietário de uma antiga fábrica de mosaico (tipo de piso cerâmico) localizada na Avenida Rio Branco, nas proximidades do Teatro Municipal Dix-huit Rosado. 

Familiares e amigos estiveram velando o corpo de Bido, como era conhecido, no centro de velório, em frente ao Tiro de Guerra 07010, na Rua Melo Franco, em Mossoró. O sepultamento ocorreu às 16:30 horas, no cemitério São Sebastião, naquela cidade.

Emídio tinha família no sítio Lagoa de Paus, em Governador Dix-sept Rosado, como o ex-vereador José Emídio de Oliveira. 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Iniciativa de pequenos produtores 
faz ressurgir cultura de alho




A iniciativa de pequenos produtores rurais pode significar importante passo para o ressurgimento da cultura do alho, considerada nos anos 70 uma das atividades de sustentação da economia de Governador Dix-sept Rosado. 

Agricultores familiares das localidades de Gangorrinha e Serrote obtiveram bons resultados na produção de alho do tipo branco mineiro, em pequena escala, através agricultura irrigada. 

A disposição dos produtores precisa do respaldo de políticas pública de apoio a iniciativa, para que venha melhor o resultado dos esforços empreendidos.

No passado, a exploração da cultura do alho se desenvolvia no leito do Rio Apodi-Mossoró. Porém, o surgimento de pragas e viroses terminaram por prejudicar qualidade e reduzir o nível  da produção local, representando quase extinção da tradicional produção. 








terça-feira, 15 de novembro de 2016

Solução para transporte universitário
 vai depender de novo prefeito
 


Se não fosse a intervenção do Poder Judiciário e do Ministério Público, estudantes universitários de Governador Dix-sept Rosado, que ocuparam o Palácio 4 de Abril (sede do Poder Executivo) desde a segunda-feira 24 de outubro, iriam permanecer no local esperando o prefeito eleito Antônio Freire de Souza Luz assumir a Prefeitura Municipal, no dia 1º de janeiro de 2017.

A ocupação terminou, na quinta-feira 10 de novembro, sem que o atual prefeito do município, Anaximandro Vale, atendesse aos estudantes que reivindicavam transporte totalmente gratuito.   

Os universitários decidiram ocupar a sede do Executivo depois que a atual administração resolveu cobrar uma taxa mensal no valor R$ 75,00, de cada estudante. Segundo a gestão municipal, a taxa representaria 50 por cento do custo mensal que a Prefeitura tem com cada aluno que utiliza os veículos contratados pelo município. 

Antes da ocupação, os líderes estudantes tentaram, sem sucesso, uma audiência com o prefeito Anaximandro Vale.

De acordo com uma fonte do blog, como a ocupação ocorreu no Gabinete do Prefeito (Rua Josué Dias), as atividades administrativas se desenvolveram praticamente dentro da normalidade. Empenhos, pagamentos de processos a fornecedores e prestadores de serviço e outros procedimentos, por exemplo, são realizados na Secretaria de Finanças, que funciona em prédio localizado na Rua Padre Florêncio.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Edimar Santana tem estreia na Esperança FM



O locutor Edimar Santana vai estrear na próxima segunda-feira, às 16 horas, o programa Estação Forró, na Rádio Esperança FM (104.9 KHz), de Governador Dix-sept Rosado. 

O programa vai ter duas horas de duração, indo até as 18 horas, de segunda a sexta-feira. 

Estação Forró vai trazer o estilo tradicional do gênero, combinando a melodia romântica e levando muita alegria aos ouvintes da Esperança FM. 

Além de locutor, o apresentador Edimar Santana é modelo fotográfico e tem preferência pela música regional.

Mais informações sobre o programa pelo telefone número 84-99928-7413.


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Transporte




O empresário Antônio Firmino da Silva, Tidoca, adquiriu mais um ônibus para servir à população de Governador Dix-sept Rosado e de cidades da região. Segundo ele, o veículo tem capacidade para acomodar 50 passageiros. Dispõe de ar-condicionado, banheiro e serviço de som.