segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Brasil no rumo certo
Trabalho, pão, teto e letras




Tive o privilégio, como brasileiro, de testemunhar momentos importantes da história do meu país. Sem dúvida, a eleição do metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva se constituiu num dos fatos mais marcantes para a nação.

O discurso de Lula tocou profundamente, não pela eloqüência, mas porque fluiu do fundo do coração de um homem que padeceu necessidade e pagou o preço para mudar o quadro de miséria secular que assolava o Brasil.

Em 1989, durante um debate, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva disse que, chegando ao governo, estaria feliz no dia em que, na mesa de cada brasileiro, houvesse pelo menos um copo de leite, no café da manhã, feijão, arroz, frango ou carne no almoço, e um prato de sopa no jantar.

Conhecia bem aquela realidade. Um ano antes, em 1988, vira o desolador quadro de miséria no município onde nasci. Participava de uma campanha eleitoral e bati portas buscando apoio na defesa de um projeto e na busca de um sonho no qual acreditava. Mas, como pedi voto a quem sequer tinha o mínimo de alimento para saciar pelo menos a fome de um filho?

Em 1985, gravei uma frase de Tancredo Neves, à época candidato a presidente da República, nas eleições indiretas. “Enquanto houver nesse país, um só homem sem trabalho, sem pão, sem teto e sem letras, toda prosperidade será falsa”.

Anos depois, vejo que o governo do ex-presidente Lula, da presidenta Dilma, do Partido dos Trabalhadores e de seus aliados vem conseguindo cumprir aquele anseio do metúrgico que chegou ao mais alto cargo deste país, uma aspiração, também, do povo brasileiro.

Programas do governo tiraram 36 milhões de brasileiros que viviam abaixo da linha da miséria. As portas de emprego e trabalho se abriram para milhares de brasileiros, e hoje taxa de desemprego é de 5%. Por meio de programas como o Bolsa Família, o pão chegou à mesa do povo brasileiro. Porém, mais que o alimento, o governo de Lula e Dilma possibilitou aos brasileiros a aquisição de moradia digna, através do Minha Casa Minha Vida.

A gestão petista multiplicou vagas para os jovens e garantiu ensino público gratuito de qualidade, no Instituto Federal (IF), através do Pronatec, criou novas universidades e expandiu as existentes, além de investir no Prouni, que forma os profissionais do futuro.

Para se ter uma ideia do que representa um programa como o Bolsa Família, vale lembrar o quadro desenhado durante anos de secas, quando pessoas famintas saqueavam o comércio, principalmente nas cidades do Nordeste. Mas isso mudou. No Rio Grande do Norte, estamos há quatro anos praticamente sem chuva e, graças à política do governo federal para os mais necessitados, esses saques não ocorreram.

Trabalho, pão, teto e letras.

Embora haja muito a ser feito, desigualdade e injustiça a serem corrigidas, penso que o governo está no caminho certo.

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