sábado, 14 de dezembro de 2013

Da euforia ao pranto

O choro da menina-moça chamou a atenção. Passava das 5 horas da manhã do feriado de sexta-feira. Ela acabara de sair de uma dessas festas, que viram a noite, no espaço do hotel Villa Oeste, em Mossoró.

Pelo estado aparente daquela jovem, algo grave ocorrera. A menina chorava continuamente e, ao mesmo tempo, falava ao telefone celular.

- Onde vocês estão? Perguntava, para aumentar o desespero ao ouvir, provavelmente, que a pessoa do outro lado da linha se encontrava distante.

Em seguida, tentou mais um contato.

- Venha me buscar. Eu estou sozinha, em frente ao Villa Oeste! (Entretanto, ela se encontrava na Rua Benício Filho, entrada dos fundos, para serviços e local dessas festas do hotel).

Depois disso, a menina interrompeu seu interlocutor.

- Não! Venha me buscar, mas não quero ir pra casa nesse estado.

. - . - .

Aquela moça pode ter sido vítima do que vem ocorrendo com outras de sua idade. Pelo que se tem conhecimento, adolescentes e jovens saem com “amigos” ou até pessoas totalmente desconhecidas, que colocam substâncias entorpecentes em sua bebida (seja refrigerante ou outro tipo).

Algumas dessas jovens têm ido parar em hospitais, depois de terem sido abusadas por seus companheiros.

Por isso, é preciso tomar muito cuidado na hora de sair para essas festas.

Veja-se o caso daquela menina. A euforia dela durou poucas horas daquela noite. O pranto e a tristeza profunda vieram pela manhã.  

Um comentário:

  1. Paulo.

    Casos assim são tristes demais, revoltantes. E por incrível que pareça se multiplicam noite após noite em números maiores.

    Penso que o problema tem dois extremos que precisam ser analisados.

    Primeiro: a garota-vítima.

    Ela é bonita e geralmente veste-se com roupas que realça ainda mais sua beleza feminina, chegando às raias de usar peças vulgares, mostrando mais partes do corpo do que deveria mostra.

    Inclusive, algumas jovens não possuem noção que são tão belas, porque têm complexo de inferioridade, sentimento muito comum no universo adolescente.

    As jovens belas deveriam conhecer melhor quem elas são. Possuírem a exata noção do quanto a exposição da aparência feminina atrai gente ruim para perto delas, quantos olhares de pessoas de péssimo caráter percorrem a anatomia de mulheres por causa do visual em que se vestem. Se soubessem que essa gente que olha para elas não se importa com a opinião delas, até que ponto pode chegar durante o relacionamento, evitariam momentos de pranto e dor. Elas pensam em carinho, eles em sexo rápido. Se pensassem nisso talvez mudassem o estilo de roupa que usam e os endereços onde pensam em se divertir.

    Segundo: os algozes.

    Nosso país precisa exercer justiça de modo exemplar, mas não faz isso. Por não fazer justiça exemplarmente, grassa a impunidade em todos os círculos da sociedade. Na classe média e alta, o estupro é uma das modalidades de crimes em que o agressor sempre sai impune. Apenas em camadas pobres é que o estuprador termina atrás das grades.

    Abraço.

    E.A.G.
    http://belverede.blogspot.com.br

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